Técnicas de Grounding para Reduzir Episódios de Dissociação

Técnicas de Grounding para Reduzir Episódios de Dissociação

Estratégias Eficazes da Psicoterapia Individual para Lidar com Episódios de Dissociação com Grounding

Durante episódios de dissociação, a pessoa pode perceber como se estivesse desconectada da realidade, do próprio corpo ou do espaço ao redor. Essa experiência, frequentemente, é assustadora, especialmente para aqueles que convivem com transtornos relacionados a traumas, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) ou Transtornos Dissociativos. A prática clínica especializada tem mostrado que as técnicas de grounding representam recursos valiosos para reancorar a mente ao momento presente. Conforme especialistas em psicoterapia individual, essas estratégias se mostram estruturais no manejo terapêutico dos sintomas dissociativos, pois reforçam a percepção corporal, a consciência sensorial e a sensação de segurança.

A regulação emocional atua como uma das colunas do grounding. No acompanhamento de pacientes com episódios recorrentes de dissociação, o psicoterapeuta utiliza métodos que estimulam os sentidos físicos — como tocar um objeto frio, tomar consciência dos apoios do corpo ou observar o ar entrando e saindo. Essas ações simples têm um impacto direto sobre o sistema nervoso. Conforme referências em neuropsicologia clínica, o grounding estimula áreas do cérebro relacionadas ao autocontrole e à orientação espaço-temporal, permitindo que o indivíduo recupere o senso de realidade.

Um fator igualmente essencial nas técnicas de grounding é o enfoque na consciência corporal. Indivíduos que dissociam com frequência tendem a perder a noção do corpo ou até mesmo a ter a sensação de estar desencarnado. Técnicas corporais como pressionar as mãos contra uma superfície, contrair e relaxar músculos, ou mesmo movimentar-se com atenção plena, contribuem para reconectar essa vivência do corpo. Profissionais especializados em trauma reforçam que esse tipo de exercício promove uma reconexão profunda com o aqui e agora, diminuindo de forma notável a duração das crises dissociativas.

Outro método altamente eficaz dentro das técnicas de grounding é o uso da atenção plena (mindfulness). Quando a mente se dissocia da realidade, conduzi-la de volta requer um foco consciente em estímulos concretos. Práticas como observar o ambiente, reconhecendo características do espaço, são estratégias simples, porém altamente funcionais. Estudos reconhecidos em psicoterapia cognitivo-comportamental demonstram que a atenção plena aplicada ao presente físico não apenas interrompe o ciclo dissociativo, como também atua na prevenção de recaídas futuras, promovendo maior estabilidade emocional e autonomia no enfrentamento dos sintomas.

As declarações conscientes também funcionam como uma ferramenta poderosa dentro do grounding. Em ambientes psicoterapêuticos, incentivar o paciente a verbalizar frases como “estou aqui, agora” ou a pronunciar seu próprio nome, data e local em voz alta consolida a orientação no tempo e espaço. Esse tipo de recurso dispensa qualquer material externo e é aplicável em qualquer situação. Especialistas em psicologia do trauma destacam que a repetição dessas afirmações reorganiza psicologicamente o senso de identidade, algo essencial em momentos de despersonalização ou desrealização.

Paralelamente, as técnicas de grounding sensorial são recomendadas com crianças, adolescentes e pessoas em estados de vulnerabilidade emocional intensa. O uso de objetos táteis com diferentes texturas, temperaturas ou aromas engaja os sentidos físicos e reconecta a percepção consciente. Atitudes simples como cheirar um óleo essencial, segurar um cubo de gelo ou escutar uma música familiar desencadeiam a reorientação do cérebro para o presente. Conforme descrito em manuais clínicos de terapia sensório-motora, o uso intencional dos sentidos interrompe o fluxo dissociativo e reativa as redes neuronais relacionadas à segurança e ao pertencimento.

Na rotina terapêutica, é imprescindível orientar o paciente a aplicar o grounding fora do ambiente clínico, em situações da vida real. Isso implica um processo de psicoeducação, no qual o terapeuta desmistifica como a dissociação funciona e como as estratégias podem ajudar. Elaborar um plano pessoal de grounding, com uma seleção de estratégias personalizadas, adaptadas à rotina do paciente, expande a sensação de autonomia e controle. Autores influentes na psicoterapia integrativa ressaltam que a customização dessas abordagens aumenta significativamente a eficácia terapêutica e diminui a frequência dos episódios dissociativos ao longo do tempo.

Outro ponto relevante é a conexão entre grounding e a criação de um espaço interno de segurança. Quando o paciente realiza as técnicas com frequência, desenvolve ferramentas psicológicas que atuam como âncoras em momentos de crise emocional. Essa sensação de segurança subjetiva funciona como um antídoto poderoso contra a ansiedade extrema que acompanha os episódios dissociativos. Pesquisadores renomados em psicoterapia baseada em evidências defendem que construir esse núcleo de estabilidade interna é uma das rotas terapêuticas para o progresso em quadros de trauma complexo.

A aplicação constante das técnicas de grounding é fundamental para a prevenção de crises dissociativas antes mesmo que eles se consolidem completamente. Indícios de alerta como confusão, tontura leve e a sensação de “apagamento” sugerem que o sistema nervoso está entrando um estado dissociativo. Ter acesso com ferramentas imediatas facilita ao sujeito intervir precocemente, evitando o avanço da crise. Fontes renomadas em atendimento psicológico emergencial reforçam a importância do treinamento preventivo, facilitando que o paciente perceba e intervenha sobre os gatilhos de forma precoce.

Não se pode esquecer que, embora as técnicas de grounding sejam muito efetivas, seu uso isolado não dispensa um acompanhamento psicológico contínuo. Essas técnicas compõem uma abordagem mais completa e integrada, que abrange o tratamento das causas emocionais e comportamentais da dissociação. Um projeto terapêutico estruturado demanda a reconstrução da narrativa de vida, o resgate da identidade pessoal, além do desenvolvimento de ferramentas psíquicas para lidar com o sofrimento emocional de maneira coerente. Especialistas com vasta experiência clínica em traumas complexos apontam o grounding como uma das estruturas centrais desse processo terapêutico, oferecendo redução rápida de sintomas e também estabilidade a longo prazo na caminhada rumo à reconstrução emocional.

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